O Chá Maluco
"Em frente à casa havia uma mesa posta sob uma árvore,
e a Lebre de Março e o Chapeleiro estavam tomando chá; entre
eles estava sentado um Leirão, qua dormia a sono solto, eo s dois
o usavam como almofada, descançando os cotovelos sobre ele e conversando
por sobre sua cabeça. Era uma mesa grande, mas os três estavam
espremidos numa ponta: "Não há Lugar! Não há
Lugar!" gritaram ao ver Alice se aproximando. "Há lugar
de sobra!" disse Alice, indignada, e sentou-se numa grande poltrona,
à cabeceira.(...) "Se voce conhecesse o tempo tão bem
quanto eu", disse o Chapeleiro, "falaria dele com mais respeito.
(...) Por exemplo, suponha que fossem nove horas da manhã, hora
de estudar as suas lições, bastaria um cochicho para o Tempo,
e o relógio giraria num piscar de olhos! Uma e meia, hora do jantar!"
"Seria formidável sem dúvida", disse Alice, "mas
nesse caso eu não estaria com fome, não é?"
"Não a princípio, talvez", disse o Chapeleiro,
mas você poderia mante-lo em uma e meia até quando quisesse."
"É assim que vc faz?" perguntou Alice. "Eu não,
brigamos em março passado" (...) "desde esse momento,
continuou o Chapeleiro, desolado, "ele não faz nada que peço!
Agora são sempre seis horas! E por isso, é sempre hora do
chá, e não temos tempo de lavar a louça nos intervalos."